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quarta-feira, 30 de março de 2016

Mais uma vez, um “CONTATO”… mas SEM TATO!

Vi em Setúbal este cartaz... Além do vestuário, é urgente doar um "C" à Cáritas!

A forma como a BASE IV do AO90 está redigida contribui para aplicações disparatadas das regras com a eliminação a eito do da letra C: dição, fato, pato (!)…
Entrando nos sites das empresas portuguesas, tropeçamos com alguma frequência nos “CONTATOS”, grafia válida apenas para o Brasil.
Em caso de dúvida, o melhor mesmo é uma ida ao dicionário. É rápido, eficaz. Aconselho duas fontes online totalmente fiáveis: www.infopedia.pt (PORTUGAL) e http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario (BRASIL).

Abraço e manter-nos-emos em CONTACTO!
ProfAP

quinta-feira, 24 de março de 2016

MINI-SAIA, MINISSAIA ou... MINISAIA?

Hoje, na TVI, no programa da manhã, asneira da grossa!

Antes da aplicação do AO90, um dos prefixos (neste caso, falso prefixo) que mais dúvidas levantava era MINI. Não estando contemplado no AO45, havia quem entendesse que não deveria ser seguido de hífen.
Consultando dicionários da era AO45, encontramos predominantemente a grafia “mini-saia”. No entanto, o Grande Dicionário da Porto Editora já apresentava a forma “minissaia”.
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, quando os prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal forem seguidos de palavra iniciada por “r” ou “s”, duplicam-se essas letras. Logo, minissaia!
Quanto a “minisaia”, sempre foi e continua a ser um erro crasso…

CONCLUSÃO:
A grafia certa é MINISSAIA!

Sem hífenes, deixo um abraço apertado!

ProfAP

segunda-feira, 21 de março de 2016

AO90 em ANGOLA: talvez sim, assim-assim, logo se vê…

Rosa Cruz e Silva, ministra da Cultura de Angola, afirma que o país tem todo o interesse em ratificar o acordo ortográfico

Angola não autorizou Acordo Ortográfico “a nenhum nível governamental”

O Acordo Ortográfico não foi “autorizado a nenhum nível governamental” em Angola, mas Marisa Guião de Mendonça, diretora-executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), assinala que o país ”está muito cooperante na criação do Vocabulário Ortográfico Comum”.
Em entrevista à agência Lusa, Marisa Mendonça afirmou que “o Acordo não foi ainda autorizado a nenhum nível governamental pelo Estado angolano”, o que se deverá ao facto de “Angola estar a pedir uma retificação do Acordo”, ou seja, a inclusão de alterações.
Para Angola, “o Acordo tem lacunas e é necessário retificá-las antes da implementação”, sendo que as mesmas estão relacionadas com a incorporação, no vocabulário, “daquilo que são empréstimos das línguas nacionais”, isto é, termos que fazem parte de outras línguas faladas no território.
Segundo a responsável do IILP, “as autoridades angolanas e a própria Comissão Nacional de Angola no IILP” – que tem representações nacionais de todos os estados-membros da CPLP – estão “a fazer o trabalho a nível nacional, no seu próprio contexto, para ver como poderão orientar da melhor forma o processo e chegar a um bom porto”.
Independentemente da não aprovação do Acordo pelo governo, Marisa Mendonça sublinhou que “Angola está muito cooperante na criação do Vocabulário Ortográfico Comum”, uma agregação de todos os vocabulários nacionais dos países aderentes ao Acordo.
“Angola foi, aliás, o país que mais apoiou financeiramente a criação da plataforma digital do Vocabulário, pelo que o país não está distanciado do Acordo Ortográfico, está apenas num estágio diferente”, afiançou a diretora-executiva do IILP.
A 7 de setembro de 2015, a ministra angolana da Cultura, Rosa Cruz e Silva, disse que Angola tinha todo o interesse em ratificar o acordo, mas não prescindia de uma abertura para as especificidades que caracterizam o português falado naquele país africano.

Num congresso sobre a língua portuguesa, realizado em Luanda na primavera passada, a ministra disse querer ver colocadas “ao mesmo nível” as línguas nacionais e a língua oficial, tendo em conta que a “diversidade linguística do país constitui a sua grande riqueza”.
O Português é a língua oficial em Angola, mas o país conta com seis línguas africanas reconhecidas como nacionais, algumas das quais acabaram por incorporar palavras e conceitos portugueses, como consequência da longa presença colonial lusa no território.
Data: 1/1/2016
Fonte: http://observador.pt